Umuarama – O sexo feminino já foi considerado frágil, mas o ditado atualmente anda fora de moda diante das inúmeras conquistas obtidas pelas mulheres. E, na última terça-feira (10), com a formatura de 14 novos soldados bombeiros, ocorrido durante solenidade em Maringá, a luta por igualdade de gênero ganhou um capítulo especial no setor militar de Umuarama.
Entre os formandos estão as novas combatentes do fogo: Aline Santos Marcomini, 24, Bruna Angeli Sorato, 26, Camila Eloísa Quintana, 24 e Mariana dos Santos Bertoncin, 25. Elas são as primeiras soldados mulheres formadas no 6º Subgrupamento Independente de Bombeiros, o que engrandece a história da corporação militar umuaramense.
Sonho realizado
“É a realização de um sonho estar formada no Corpo de Bombeiros, nos mudamos para Umuarama para fazer o curso e fomos muito bem acolhidas na cidade e no quartel. Desde o começo não houve nenhum tratamento diferente por ser mulher, fizemos o treinamento por igual e estamos realmente preparadas para atender a sociedade sob qualquer condição”, comentou a soldado Sorato, ao Portal da Cidade Umuarama, em nome das demais companheiras de farda.
Igualdade
Segundo o tenente Wilian Rodrigo Marques, coordenador do Curso de Formação de Soldados do 6º SBGI, o primeiro ingresso de mulheres no Corpo de Bombeiros do Paraná foi em 2005. E, neste segundo treinamento realizado pelo Subgrupamento de Umuarama e primeiro com presença delas, não houve distinção de sexo, sendo o tratamento igualitário.
Superação
“Nós pautamos pelo princípio de que a vítima precisa ser atendida independente do gênero de seu socorrista, por isso a preparação delas foi a mesma dos homens. Não existe a possibilidade no atendimento de uma vítima de a bombeiro feminina não fazer determinado procedimento por ser mulher e ressalto que o treinamento foi exaustivo e elas conseguiram cumprir as exigências”, destacou o oficial.
Exemplo
A soldado Sorato espera que seu feito e das demais soldados bombeiros motive outras mulheres que sonham em conquistar o seu espaço na sociedade. “Conseguimos quebrar barreiras e servir de exemplo para outras mulheres que tenham o mesmo sonho desta profissão”, complementou.