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Transportes

Primeira parte da duplicação da rodovia PR-323 é liberada para o tráfego

Um dos principais gargalos logísticos da via, o Trevo Gauchão, em Umuarama, também deverá passar por intervenções

Publicado em 12/02/2021 às 08:40

A PR-323 é a principal ligação entre as regiões Norte e Noroeste e passa por várias cidades do Estado (Foto: AEN)

O Governo do Estado entregou nesta quinta-feira (11) a primeira parte das obras de duplicação da PR-323. Foi liberado para o tráfego um trecho de cerca de 10 quilômetros, de Paiçandu ao distrito de Água Boa (entre os quilômetros 153 e 164), metade dos 20,7 quilômetros da intervenção em andamento na pista, que segue até a cidade Doutor Camargo.

O Estado investiu cerca de R$ 80 milhões na obra, uma das mais emblemáticas do Paraná. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), pelo trecho trafegam aproximadamente 16 mil veículos por dia, dos quais pelo menos 40% são pesados. A movimentação intensa por pistas simples tornou a PR-323 um trecho perigoso, com muitos acidentes fatais ao longo dos anos.

A PR-323 é a principal ligação entre as regiões Norte e Noroeste e passa por várias cidades do Estado. A rodovia suporta toda movimentação proveniente do polo têxtil e o escoamento da safra de importantes regiões produtoras paranaenses, além de proporcionar ligação com o Mato Grosso do Sul e países do Mercosul.

O pacote de investimentos no trecho contempla, além da duplicação, a construção de dois viadutos, o primeiro em Paiçandu e outro entre Água Boa e Doutor Camargo, uma trincheira, além de vias marginais em Paiçandu e também em Água Boa.

Mais investimentos

Novas obras estão previstas na rodovia. A segunda etapa da duplicação, de Doutor Camargo até a ponte sobre o Rio Ivaí, já foi licitada. Serão investidos R$ 55,6 milhões para o trecho de seis quilômetros, entre os quilômetros 174 e 180. Além da duplicação e outras melhorias, o projeto inclui a implantação de intersecção em desnível, vias marginais, acostamentos e passeios.

“Temos um volume de obras muito grande da região, além desse primeiro trecho duplicado. Acreditamos que essas ultrapassagens perigosas são resolvidas com a ampliação de capacidade da rodovia”, afirmou o secretário estadual da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

Um dos principais gargalos logísticos da via, o Trevo Gauchão, em Umuarama, também passará por intervenções. O entroncamento será transformado em um grande viaduto de duas alças a partir de 2021, com investimentos de R$ 81,8 milhões que contemplam também a duplicação dos 4,4 quilômetros que separam o Gauchão do acesso à Mariluz, no entroncamento com a PR-468, vias marginais com acessos à rodovia principal, além da intersecção em desnível no trevo de Mariluz.

No intervalo entre essas duas obras, seguindo até o município de Iporã, haverá obras de ampliação da capacidade, com a implementação de terceiras faixas ao longo de 23 segmentos da rodovia. Na próxima quarta-feira (17), o DER/PR fará a abertura dos envelopes com as propostas para a construção das terceiras faixas desde o entroncamento com a PR-551, em Doutor Camargo (km 174), até o encontro com a PRC-272, passando pela PR-182 e pela BR-272, em Iporã.

A obra de duplicação faz parte do Programa Estratégico de Infraestrutura e Logística de Transportes do Paraná e conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). As obras das terceiras faixas contam com recursos financiados pela Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Concessão

A PR-323 também está entre as vias que o Estado inseriu no novo Programa de Concessões de Rodovias do Paraná, que deve ir a leilão na Bolsa de Valores ainda neste ano. O projeto que está sendo elaborado pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), ligada ao Ministério da Infraestrutura, prevê a concessão de 3.327 quilômetros de estradas federais e estaduais em todas as regiões.

Com investimentos na ordem de R$ 42 bilhões, estão planejadas duplicações de 1.700 quilômetros de rodovias, implantação de 253 quilômetros de faixas adicionais nos trechos já duplicados e de 104 quilômetros de terceiras faixas para apoio ao trânsito. Também devem ser construídos 10 contornos para facilitar a integração entre as rodovias, além de outras melhorias, como sinal de wi-fi nas estradas.


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