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Economia

Onda de frio ainda não trouxe prejuízos para a agricultura na região de Umuarama

Mesmo as culturas mais sensíveis, como hortaliças folhosas, não foram afetadas

Publicado em 19/05/2022 às 18:48

A temperatura não chegou perto de 0°C, que é quando começa a queimar as folhas das plantas (Foto: Eduardo Sebim/Portal da Cidade Umuarama)

A onda de frio dos últimos dias ainda não trouxe prejuízos sensíveis ao setor agropecuário em Umuarama, de acordo com a avaliação do secretário municipal da Agricultura, Cleverson Alvarenga, com base em dados colhidos no campo por agrônomos e técnicos. Mesmo as culturas mais sensíveis, como hortaliças folhosas, não foram afetadas.

O agrônomo Márcio Rezende está em campo, visitando os canteiros de hortaliças dos produtores acompanhados pelo município, e notou que não houve geadas expressivas. “Por sorte a previsão de geada negra não se confirmou. Tivemos apenas uma onda de frio que não causou grandes danos nos cultivos. A temperatura não chegou perto de 0°C, que é quando começa a queimar as folhas das plantas”, avaliou

De acordo com o agrônomo, há previsão de geadas mais intensas a partir do início do inverno, em junho, “aí sim podem ocorrer prejuízos, principalmente na alface, no almeirão e na couve, além de temperos, que são culturas mais sensíveis, e também nas pastagens, dependendo da intensidade do frio”, considerou. Confirmando-se quebras na produção, e consequente redução da oferta, seria inevitável um impacto no preço das hortaliças e do leite.

Nesta semana, a Secretaria Municipal de Agricultura tem apoiado os pecuaristas na colheita e preparo de silagem, já antecipando a possível redução na qualidade das pastagens. “Estamos junto com os produtores, utilizando equipamentos e operadores para acelerar a reserva de alimentos porque há previsões de que o inverno pode ser bem rigoroso este ano”, disse o secretário Cleverson.

De acordo com o agrônomo Márcio Rezende, quando a temperatura cai abaixo de 10°C o produtor deve tomar alguns cuidados e um deles é evitar a pulverização nas plantas, pois a absorção se torna lenta e não o produto pode não ter o efeito desejado, “a não ser nos casos de extrema necessidade, pois aí temos métodos específicos para fazer a aplicação”, comentou.

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), emitiu nesta quinta-feira, 19, o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 13 a 19 de maio. Ele aponta que a massa de ar polar que chegou ao Paraná nesta semana provocou queda de temperaturas em todo o Estado e formação de geadas fracas em algumas regiões, porém não houve registro de perdas expressivas em lavouras. O frio pode até ser benéfico em alguns casos, como do trigo.

A cultura está com 46% da área semeada, mas as lavouras não chegaram em estágio crítico para o frio. Pelo contrário: a atual onda favorece a aclimatação e estimula o perfilamento. Os técnicos apontam que a preocupação com a temperatura é maior para os produtores quanto à segunda safra de feijão e de milho. As temperaturas negativas ajudam no controle da população de insetos e plantas que poderiam prejudicar os cereais, permitindo a redução no uso de produtos de combate às pragas.

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