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Umuarama em: O rebento da Capivara, Comix

Já se sabe o que é e como são, mas não o que poderá acontecer à cidade e sua população

Publicado em 02/10/2017 às 02:28

Umuarama – URGENTE: roedores enormes e simpáticos rondam frenéticos pela cidade! Vindos das barrancas fluviais da criatividade e da resistência, viajaram contra o tempo e suas intempéries, esses transformadores da inércia de capinzais baldios. Mas, segure a onda, não adianta tentar nada não, são seres experientes e infalivelmente esquivos aos balaços clichês dos lugares-comuns e das mentes fechadas para o novo. Um aviso: tome cuidado com o brilhos dos seus caninos... CALMA, internauta! É só uma metáfora bem-humorada sobre o surgimento e concretização de um movimento de artistas que promete agitar o underground umuaramense, sob a forma de selo editorial independente e espaço de oficinas diversas: o Capivara Comix.

O início de tudo foi há mais de trinta anos atrás, em 86, quando Augusto Silva, hoje professor, poeta, prosador e roteirista, era dono de uma banca de revistas na praça Santos Dumont. Lá Augusto conheceria João Carlos de Oliveira e Marcelo Galvan, frequentadores assíduos de sua banca. “A amizade com João e o Marcelo vem dali, essa galera era aficionada por literatura, rock and roll, histórias em quadrinhos e arte pop, ali assisti o Marcelo e o João começarem a desenhar, então o nosso amor pelas histórias em quadrinho, cinema e pela literatura foi quase que um negócio natural começar a querer fazer também”, conta.

Já na década de 90, em Londrina, Augusto conhece Edu Tadeu, produtor cultural, artista visual e historiador. “Estava eu e Marcelo (Galvan) em uma noite muito quente numa vernissage no Museu de Artes de Londrina, e um camarada em comum, o Fernando Martinez, nos apresentou. De lá pra cá foram poucas e boas, muitas e péssimas, e a gente se tornou brother desde o início”, conta Edu. Lá tentaram deslanchar o projeto “Jacaré”, que consideram o avô do Capivara Comix, mas não deu certo, pela dependência à leis de incentivo. 

Augusto, Edu, Marcelo e João oficializam então, depois de anos, a criação do Capivara Comix, que, aliás, terão seus outros membros revelados nos próximos episódios dessa saga.

Por hora, os quatro integrantes já realizam atividades como oficinas de roteiro, desenho e escrita criativa em ações no Sesc, Unipar e outros recintos. Pelo selo também já foi lançado o livro “Canções que não chegaram a tempo”, em novembro de 2015, do poeta Augusto Silva, que anuncia outras atividades que se seguirão. “Outras ideias são oficinas com quem já desenha na cidade, convidar esses caras pra fazer oficina interna, que é criar uma coisa nova em cima daquilo que já existe dele, que pode ser o formato de zine, o formato de revista depois, mas, o importante mesmo é aumentar a tribo, aumentar o gosto de quem gosta de ler e escrever, e logo a gente vai lançar o Almanaque Capivara número zero”

Curtiu a onda? Mais informações sobre o que o Capivara Comix está preparando você lê na próxima matéria, ok!? Acompanhe!

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