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Estilo e consumo sustentável: Quitanda Brechó Consciente é opção em Umuarama

Por muito tempo os brechós foram estigmatizados. Agora em alta, eles levantam a bandeira da reutilização e do desapego, com opções para todos os corpos

Publicado em 31/01/2020 às 21:30
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Peças possuem tamanhos e valores variados, acessíveis a todos os públicos (Foto: Divulgação / Quitanda Brechó Consciente)

A cultura do brechó é uma tendência que tem ganhado adeptos por todo o país. A reutilização de roupas, além de vantagens financeiras para o consumidor – pois são comercializadas a um valor muito abaixo do que uma peça nova - ainda inclui-se os fatores ecológicos e sustentáveis, conceitos que vão de encontro ao consumismo desenfreado dos dias atuais.

Ainda que de forma tímida, essa nova forma de consumo tem começado a conquistar os umuaramenses. Empreendendo no ramo há poucos meses, Carla Galieta, de 32 anos, conta que ainda existe muita desinformação e tabus sobre a reutilização de roupas. “Trabalhar com roupas usadas é um grande desafio, ainda é muito comum as pessoas pensarem em brechó com ‘ui, roupas sujas, cheirando a mofo, vai saber de onde vem!?’ Mas é justamente essa impressão que esperamos desconstruir”, relata. 

De acordo com a idealizadora, a Quitanda Consciente Brechó surgiu objetivando a inclusão social e a sustentabilidade, “acreditando que a reutilização de roupas é um ato político de amor, inclusive pelo planeta”.  

As peças são garimpadas, selecionadas e passam por um processo de higienização antes de serem (re)comercializadas

É ela quem garimpa todas as peças que serão comercializadas e são escolhidas a dedo, sempre priorizando a qualidade e a diversidade, e, em seguida, passam por um processo de higienização. “Como estamos sempre garimpando aqui e ali, todas as nossas peças são lavadas e passadas depois da triagem que fazemos nas roupas, para chegar bem limpinhas e cheirosas na mão de quem for comprá-las”.

Re(criar)

Depois de garimpadas, as peças são separadas entre as que vão continuar na missão de vestir alguém e aquelas que serão destinadas à (re)criação. “As peças podem se transformar em alguma outra peça, como Ecobags - pelo fim do plástico - almofadas, vasinhos, ou qualquer outra coisa que nossa criatividade for capaz de criar”. Para dar vida ao projeto, Carla contou desde o início com a ajuda da mãe. “Por sorte não faço nada sozinha, sempre me refiro como nós porque não sou só eu, minha mãe me ajuda em todas as criações”.

Acessível e para todos 

Um dos preceitos do Quitanda Brechó Consciente é também tornar a moda e a possibilidade se vestir com estilo possível a todos os públicos. “Ressignificar a forma de uso de peças usadas modifica toda a nossa relação com o consumo e com a natureza, assim como transforma a moda em algo inclusivo e acessível a todos os públicos”.

Isso inclui todos os tipos de corpos, estilos e tamanhos. “É algo que sempre me preocupo, pensar não apenas no tamanho padrão manequim 36/38, mas expor opções em numerações maiores, que sempre encontram dificuldades para se vestir”.  

Carla "leva" o brechó todos os sábados até a Feira Agroecológica da Inclusão Social (FAÍSCA)

As peças possuem preços que vão de R$ 5 a R$ 20, valores que só são possíveis graças a muita troca e muita doação.  

Para saber mais como funciona o sistema de troca e vendas é só entrar em contato pelo Facebook, Instagram ou grupo do Whatsapp, onde sempre são compartilhadas as novidades e peças recém garimpadas. 

Quem quiser conhecer o brechó pessoalmente, basta comparecer na Feira Agroecológica da Inclusão Social (FAÍSCA), todos os sábados, a partir das 16h.  


Fotos: Quitanda Brechó Consciente



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