Em parceria com a iniciativa privada, a Prefeitura de
Umuarama está construindo uma grande rede de galerias pluviais com mais de
1.300 metros de extensão, entre o Parque Irani e o futuro Parque Montago, nas
proximidades do morro na saída para Xambrê. A obra está bem adiantada.
“Trata-se de uma rede dupla com tubos de 1,2 m de diâmetro, que vai captar e
conduzir a água das chuvas que hoje escorre pelas ruas do Irani, causando
grandes estragos a cada chuva forte”, explicou o prefeito Celso Pozzobom.
A obra conta com o apoio do governo do Estado, por meio do
Instituto das Águas do Paraná, que cedeu a maior parte da tubulação. Uma
loteadora que pretende urbanizar um novo parque naquela região participa com a
mão de obra na instalação dos tubos. O secretário municipal de Obras,
Planejamento Urbano e Projetos Técnicos, Isamu Oshima, informou que serão
assentados cerca de 2.700 tubos, obtidos pelo município com o apoio dos
representantes políticos junto ao governo do Estado e a liberação da
governadora Cida Borghetti e do presidente do Instituto Águas do Paraná, Iram
de Rezende.
“A rede é dupla na maioria do percurso, mas tem cerca de 100 metros de rede tripla, próximo ao dissipador que será construído para amortecer a velocidade da água, no final da galeria. Ela vai captar o grande volume de enxurradas que descem do Conjunto Habitacional Sonho Meu e do Jardim Império do Sol, às margens da rodovia PR-489, e conduzir até próximo das nascentes do córrego Tucuruvi, num ponto seguro para a vazão”, explicou o secretário.
De acordo com Isamu Oshima, a rede conta com várias caixas
para atenuar o desnível da rede e amortecer a velocidade da água. “É uma obra
importante para conter a erosão no Parque Irani e também na rodovia, que no
futuro poderia sentir os efeitos do volume de água quando ocorrem chuvas
fortes. Se correr por cima do asfalto, a água arranca o pavimento, o meio-fio,
provoca erosão e afeta até propriedades particulares. Por isso, a construção
dessa rede é fundamental”, completou.
O prefeito Celso Pozzobom lembra que o município vem
realizando investimentos volumosos em obras de combate à erosão, recuperação de
galerias, poços de visita e bocas de lobo. “E quando pensamos que o serviço
está chegando ao fim, surgem novos problemas por conta da falta de manutenção
da rede, ao longo dos anos, e das características do nosso solo, que é arenoso
e pouco resistente às chuvas”, avaliou.
Nesse setor, outra obra que a Prefeitura deverá iniciar em
breve é a recuperação de um ramal de galerias pluviais dentro do Bosque dos
Xetá. O trecho é pequeno, cerca de 170 metros, porém o investimento será
vultuoso por conta da dimensão da rede danificada e do grande volume de água
que ela recebe, durante as chuvas. “A parte danificada começa nas proximidades
do cruzamento entre as avenidas Castelo Branco e Parigot de Souza, e avança por
dentro do bosque causando muito estrago”, disse o prefeito.
O secretário Isamu Oshima está comandando os estudos para definir o tipo de galeria que melhor se adéqua à situação. “Podemos optar por uma galeria aberta, inclusive, que facilita o acompanhamento e a manutenção, mas os estudos é que vão definir a melhor solução para este problema sério, que de qualquer forma vai exigir um grande investimento”, disse.