Desde a última terça-feira (23) o transporte coletivo urbano para os trabalhadores do Shopping Palladium, em Umuarama, foi alterado de horário. Antes, os colaboradores contavam com ônibus entre às 19h55 – agora o penúltimo ônibus da noite –, e o último, no momento, às 23h30.
O horário de funcionamento do shopping é dinâmico, vários trabalhadores têm expediente diferenciado, dependendo do transporte coletivo urbano em vários momentos do dia.
Um dos horários retirados foi o das 22h25, de acordo com um grupo de funcionários que procurou a redação do Portal da Cidade Umuarama, e é um dos que mais impacta os colaboradores do shopping.
“Muitos trabalhadores do turno da noite terminam seu expediente às 22h, e como a próxima circular sai apenas às 23h30, o tempo de espera é longo. Mesmo cansados muitos vão embora a pé” disse uma funcionária que não quis se identificar.
O mais grave relatado pelos trabalhadores é a falta de integração com ônibus para os bairros. “À noite os trabalhadores estão sem essa opção, alguns como eu saem do shopping e andam até oito quilômetros para ir embora, e o mesmo ocorre até com os colaboradores que conseguem pegar o ônibus que sai do shopping. No terminal, fim da parada, já não tem mais conexão para os bairros”, relata outra trabalhadora.
A Viação Umuarama, responsável pelo serviço de transporte coletivo na cidade, confirmou a alteração de horários, e destacou que a medida é decorrente da falta de pagamento de subsídio para prestação do transporte.
A queda no número de passageiros, a alta de insumos, como o combustível, entre outras restrições econômicas provocadas pela pandemia, têm dificultado o serviço e a solução seria o pagamento do subsídio tarifário de até R$ 70 mil mensal por parte da prefeitura.
O repasse financeiro foi aprovado em agosto pela Câmara Municipal, porém, somente na última quarta-feira (17), a prefeitura informou que iria iniciar o pagamento do subsídio, que segundo a Viação Umuarama, não ocorreu até o momento.
A empresa de transporte pede que os usuários fiquem atentos ao horário de funcionamento do transporte coletivo pelo site da empresa.
Enquanto a questão não é solucionada, os trabalhadores têm se virado como podem. “É fim de mês, a grana está curta e muitos trabalhadores não querem perder o emprego. Alguns pagam mototáxi, outros aplicativo de transporte, mas tudo isso é caro. Trouxeram um empreendimento tão grande para Umuarama e não estruturaram esse importante detalhe”, ressalta mais uma trabalhadora.
Importante frisar que o grupo de colaboradores que procuraram a redação para reclamar do fato é composto em sua maioria por mulheres, principal alvo de violência, então elas têm muito medo de voltar para casa sozinhas, a pé, durante a noite.
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