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Nova história

Mulher que sobreviveu a aborto procura mãe biológica: “amor supera tudo”

A vida de Cristina Regina Alves de Oliveira, de 40 anos, moradora de Umuarama, é o tipo de história da qual os filmes são feitos

Publicado em 18/11/2019 às 23:03
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Cristina Regina Alves de Oliveira, de 40 anos, mora com sua família em Umuarama (Foto: Portal da Cidade Umuarama)

A vida de Cristina Regina Alves de Oliveira, de 40 anos, moradora de Umuarama, é o tipo de história da qual os filmes são feitos. Em meio a uma cadeia de acontecimentos, onde sobressalta o fato de sua mãe tentar abortá-la, ela sobreviveu se tornando mãe e esposa e venceu tendo como base o amor e hoje, sem qualquer tipo de mágoa, procura por sua mãe biológica.

Em 1979, em Goioerê, após um longo romance, a mãe de Cristina ficou grávida e seu pai não aceitou a situação e nem mesmo a família do casal. Antes de ser expulsa de casa, afinal para a época era inconcebível gravidez fora do casamento, a mãe de Cristina tentou o aborto com a ingestão de vários medicamentos que não mataram o feto, mas deixaram sequelas em Cristina, entre elas danos na dicção.

A gestação prosseguiu e não é difícil imaginar as dificuldades que a mãe de Cristina passou. Na maternidade, que segundo ela seria o Hospital Santa Casa de Misericórdia foi feita a adoção. Por intermédio da avó paterna legítima, a menina foi doada para Filomena Lemes (falecida há oitos), que trabalhava junto com a avó paterna em outro hospital da cidade, o Santa Rita, que já fechou.

Quando Cristina completou sete meses, os seus pais adotivos se mudaram para o distrito de Casa Branca, em Xambrê, e sua mãe adotiva foi até Goioerê, e no distrito de Jaracatiá, com o consentimento da mãe biológica, a criança foi registrada. “Minha mãe adotiva conta que minha mãe biológica se arrependeu e disse que queria ficar comigo, mas minha mãe adotiva disse que cuidaria melhor de mim, que estava tendo um gasto muito grande por conta dos medicamentos que amenizaram as consequências da tentativa de aborto”, revela Cristina.

O desaparecimento

Sem esquecer o drama da mãe biológica de Cristina, a mãe adotiva esperava um convívio entre elas, algo dificultado pela distância. Para matar a saudade, Filomena levou a menina, então com dois anos, para visitar a mãe biológica em Goioerê. Chegando lá, elas foram informadas que a mulher tinha ido embora, e que estaria trabalhando em uma casa de prostituição em Moreira Sales. E após isso, a vida de Cristina prosseguiu, e atualmente ela é casada e mãe de um casal, e sua família mora no Parque Jabuticabeiras, em Umuarama.

Perdão

Ao ser questionada se tem mágoa em relação à mãe biológica, ela diz que não, usando como justificativa um dos sentimentos mais nobres do ser humano: o amor. “Fui criada em um ambiente de tanto amor, que não sinto qualquer sentimento ruim dela, e quero muito conhecê-la”, ressalta Cristina. Mas a falta de qualquer informação mais precisa sobre sua mãe biológica dificulta a realização do desejo. Cristina apenas sabe que a mãe biológica se chama Célia.

O pai adotivo de Cristina se chamava Raimundo Alves de Oliveira e enquanto a família residia em Goioerê, ela morava na Vila Guaíra. Outro dado, já destacado na reportagem, é que a avó paterna legítima trabalhou no Hospital Santa Rita de Goioerê e seu nome é Amélia. “Eu também tenho vontade de conhecer o meu pai biológico”, disse Cristina, sem saber o nome dele.

Quem tiver informações que levem à localização do pai e mãe biológicos de Cristina pode entrar em contato com ela pelo telefone (44) 9 9830 5386.

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