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Conscientização

Menos de 20% dos recicláveis chegam à cooperativa de Umuarama

O baixo volume de recicláveis separados pela população influenciam diretamente na renda obtida pelos cooperados

Publicado em 01/11/2017 às 06:56

A cooperativa recebe uma média de 11 toneladas de resíduos por dia para processar e encaminhar à reciclagem (Foto: José A. Sabino)

A Cooperativa dos Catadores de Recicláveis de Umuarama (Cooperuma) teve nova diretoria eleita na última segunda-feira, 30. A cooperada Gisele Nascimento Domingos foi aclamada presidente em pleito que teve chapa única, completada pela vice-presidente Ivanete de Lima e pela secretária Maria Amanda de Melo Santos. A composição feminina na nova diretoria expressa o domínio das mulheres na cooperativa, representando a maioria absoluta entre os 24 cooperados. “mas independente disso, estamos aqui para trabalhar, ajudando a eliminar os resíduos recicláveis do aterro sanitário e assegurando o nosso sustento”, resumiu.

Criada há cerca de 10 anos, a cooperativa recebe uma média de 11 toneladas de resíduos por dia para processar e encaminhar à reciclagem. “Esse volume perfaz uma média mensal em torno de 270 toneladas de alumínio e outros metais, plásticos, vidro e papelão recolhidos nas ruas, por meio da coleta seletiva (que hoje atende a todos os bairros de Umuarama) e também do aterro sanitário”, segundo o técnico ambiental Valério Silva, da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente.

Os cooperados recolhem toneladas de materiais a partir dos entulhos transportados a uma área especial do aterro sanitário, por meio do Programa Bairro Saudável. “Eles têm acesso à célula que recebe entulhos e resíduos recolhidos na frente das casas, nos canteiros e praças – como móveis velhos, equipamentos eletrônicos, brinquedos e utensílios domésticos – que acabam descartados de forma irregular pela população. Porém, não podem entrar na célula que recebe o lixo orgânico”, acrescenta o diretor de Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura, Elídio Pavan.

A presidente da Cooperuma solicita à população que separe mais recicláveis e não misture com lixo orgânico o material que é destinado à coleta seletiva. “Notamos que ainda vai muito material reciclável para o lixo comum. Nos que são separados, às vezes encontramos restos de comida, folhas, insetos e até animais mortos”, lamenta Gisele Domingos. “Também pedimos à população para passar uma água por dentro de embalagens de produtos lácteos, como caixinhas de leite, requeijão, iogurte, leite condensado e outros, para evitar o mau cheiro”, pediu.

O baixo volume de recicláveis separados pela população influenciam diretamente na renda obtida pelos cooperados e também na vida útil da célula de lixo orgânico. “O problema é que além de apenas 17% do total de materiais chegar até a cooperativa, cerca de 30% desse volume são descartados (rejeitos), por não terem mercado. Sem falar no lixo orgânico que alguns moradores colocam em meio aos recicláveis”, acrescenta Valério Silva. Com isso, a renda mensal atingida pelos cooperados é de R$ 1.200,00 em média.

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