Há 22 anos atuando em Umuarama, o Centro de Recuperação
Viva com Deus (Crevd), idealizado e administrado por associados e membros
pertencentes à Igreja Presbiteriana Renovada, ajuda inúmeras
famílias no processo de ressocialização e luta contra os vícios do alcoolismo e
das drogas.
Atualmente a casa de recuperação atende 14 pessoas e elas têm que se adaptar às regras internas durante seis meses, que é o período em que ficam internados no local em tratamento.
De acordo com a coordenadora do projeto Aline Barbosa
dos Santos Aranda, de 25 anos, a programação deles começa logo cedo, às 6h, com o café da manhã e depois um devocional que é realizado todos os dias na igreja, que fica
dentro do espaço do Crevd.
Alimentados fisicamente e espiritualmente, os internos se dividem em grupos para iniciarem as atividades diárias, como: cuidar da horta, limpar a igreja e o quintal e outros vão para a limpeza interna da casa. “Esses trabalhos são divididos em escala para que eles mesmo mantenham o ambiente sempre limpo”, disse a coordenadora.
Aline comenta que as obrigações do dia a dia realizadas
pelos moradores temporários do Crevd, fazem parte do que ela chama de ‘os três
pilares da casa’, que são: oração, trabalho e disciplina.
Mas, também não é só trabalho; os momentos de lazer são indispensáveis. Eles assistem filmes, soltam pipas, jogam futebol e uma vez no mês recebem a visita dos familiares, que é realizada no segundo domingo do mês.
Sergio da Silva, de 45 anos, está na casa há quatro
meses. Morador de Curitiba e pai de três filhos, ele conta que está no Crevd
para se libertar do vício do crack. Essa é sua terceira tentativa em casa de
recuperação.
Segundo ele, seu contato com as drogas foi ainda muito
cedo, aos 15 anos. De lá pra cá sua vida teve altos e baixos. Mas o casamento destruído
foi a gota d'água para ele buscar ajuda.
“Antes trabalhava como encarregado de expedição, tinha minha casa, casamento, filhos, mas perdi tudo por causa do vício. Quero recomeçar e aqui tenho tido a oportunidade para esse processo”, finaliza.
Doação
O centro de recuperação é mantido por meio de contribuições. Tem
a central de doações que é gerenciado por duas operadoras de telemarketing, que
ligam para as pessoas explicando o projeto, com o intuito de angariar recursos financeiros.
“Por meio dessa central é que o centro fica de pé”, disse Aline.
O valor mínimo de doação é de R$ 10, mas de acordo com a coordenadora qualquer ajuda será bem-vinda. “Roupas, calçados, cestas básicas e cobertores são recebidos”, finalizou.