Desde 2007, o dia 2 de abril é marcado como “Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo” e em Umuarama a data será comemorada com uma série de atividades programadas pelo Grupo de Pais e Mães Atípicos, uma associação independente de pais de crianças com transtorno do espectro autista (TEA). Serão realizados eventos em dois dias: no sábado, dia 1°, passeata, e no domingo, dia 2, palestras no Centro Cultural Vera Schubert.
Jeferson Raetz, coordenador das atividades, explica que o objetivo principal é difundir informações para a população sobre o autismo e, desta forma, reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo TEA. “Convidamos toda a sociedade para participar primeiramente da passeata, usando uma camiseta azul, que é a cor que representa o Abril Azul, quando abordamos o autismo no Brasil. Sairemos às 10h da Praça Miguel Rossafa e com sentido à Praça Santos Dumont”, relata.
Já no domingo, as palestras começam às 15 horas. “Temos a honra de contar com profissionais especialistas, psicólogos e terapeutas, que vão nos brindar com palestras. Já confirmamos com Renata Ortiz, Diogo Peron, Regiane Ferreira Berto, Gabriela Souza Simionato, Bruno Borsato Peron e Thaís Andressa Soares de Avelar das Neves. Todos caminhamos sob o lema ‘Quando nos conscientizamos, todas as peças se encaixam’”, observa Raetz.
A psicóloga Nathalia Ynae Marrique Giroldo, coordenadora do Serviço de Atendimento Psicológico (SAP) da Secretaria Municipal de Saúde, os transtornos do espectro autista aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. “Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros cinco anos de vida, de diversas formas, como depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade”, detalha, destacando que o nível intelectual varia muito de um caso para outro, indo desde a deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.
Todas as palestras agendadas são para conscientização sobre o autismo apresentam o compartilhamento entre neuropsicologia, psicologia, fonoaudiologia, psicomotricidade, direito e terapia ocupacional. “A ação é uma iniciativa de pais e/ou responsáveis por autistas, entidades e organizações não governamentais, com apoio da Secretária Municipal de Saúde, por meio da Divisão de Saúde Mental e de vários voluntários. Quanto mais nos unirmos, mais força teremos para lutar contra o preconceito contra o autismo”, finaliza Raetz.