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Uso agrícola do lodo do esgoto completa 10 anos na região de Umuarama

Foram destinados gratuitamente mais de 26 mil toneladas de lodo, aplicadas em 2.800 hectares de área cultivada

Publicado em 25/08/2021 às 17:28
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Destinação de logo agrícola beneficiou mais de 100 agricultores em 29 municípios da região (Foto: AEN)

O Programa de Uso Agrícola do Lodo de Esgoto que beneficia agricultores das regiões de Campo Mourão e Umuarama está completando 10 anos de aplicação. Nesse período, a Sanepar, com apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), destinou gratuitamente mais de 26 mil toneladas de lodo, aplicadas em 2.800 hectares de área cultivada, atendendo mais de 100 agricultores em 29 municípios da região.

Rico em matéria orgânica e nutrientes, o lodo tem sido utilizado nas culturas de amoreiras para o desenvolvimento do bicho da seda, aveia e sorgo (cobertura/palhada), na cafeicultura e no desenvolvimento de seringueiras, citrus, palmito, soja e milho.

Mas, antes de ir para o campo, o lodo é tratado com cal virgem e higienizado. Passa por análise de cerca de 70 parâmetros relacionados ao potencial agronômico, substâncias inorgânicas e orgânicas, agentes patogênicos e estabilidade, de forma a comprovar sua segurança sanitária, ambiental e qualidade agronômica. Na Região Noroeste, a Sanepar mantém unidades de gerenciamento de lodo (UGLs) em Umuarama, Cianorte, Campo Mourão, Ubiratã e Goioerê.

“Mesmo tendo grande concentração de nutrientes, o lodo não pode, por exemplo, ser aplicado em pastagens, culturas de tubérculos, raízes e em hortas”, explica o agrônomo da Sanepar na região Noroeste, Marco Aurélio Knopik. Segundo ele, é preciso seguir a legislação estadual (Sema 021/09) que rege a aplicação do lodo no Estado do Paraná.

O engenheiro agrônomo do IDR-Paraná, Antonio de Pádua Salvado, afirma que a rentabilidade e a produtividade obtidas com o uso do lodo são perceptíveis já no primeiro ano de utilização. “Na agricultura familiar, o lodo soma muito. Promove restruturação e melhorias na qualidade do solo e com custo zero”, afirma Pádua.

De acordo com ele, o lodo ajuda a equalizar o solo, exterminando as manchas e apresentando melhorias nas questões químicas. “A qualidade do lodo altera positivamente o movimento microbiano promovendo aumento da fertilidade”, ressalta.

Um dos agricultores beneficiados é Caurentino Valentim Castelli, que cultiva soja e milho e obteve, com o lodo de esgoto, aumento em torno de 10% a 15% de produtividade em comparação com o uso de outros produtos. Ele e o engenheiro agrônomo que atende sua propriedade, Murilo Castelli, afirmam que o manejo do lodo é equiparado à correção e manutenção da fertilidade do solo.

Mais informações sobre o programa no Estado do Paraná podem ser solicitadas pelo e-mail lodoagricola@sanepar.com.br.

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