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Operação Metástase

Afastada da Saúde, secretária diz em nota que está com a 'consciência tranquila'

Em nota à imprensa na tarde desta quinta-feira (6), Cecília Cividini Monteiro da Silva disse que recebeu a comunicação de seu afastamento com surpresa

Publicado em 06/05/2021 às 06:38
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Cecília Cividini Monteiro da Silva disse que está à disposição das autoridades para contribuir com a apuração dos fatos (Foto: Assessoria)

A Justiça do Paraná determinou, nesta quarta-feira (5), o afastamento da atual secretária municipal da Saúde, Cecília Cividini Monteiro da Silva. A medida busca evitar que a gestora interfira na apuração das responsabilidades pela atuação de uma organização criminosa suspeita de praticar os crimes de peculato e falsidade ideológica a partir de desvios na área da saúde de Umuarama. Os possíveis desvios somariam mais de R$ 19 milhões.

Em nota à imprensa na tarde desta quinta-feira (6), Cecília disse que recebeu a comunicação de seu afastamento com surpresa e que o aceita com absoluta serenidade e consciência tranquila. “Estou à disposição das autoridades para contribuir com a apuração dos fatos naquilo que for do meu conhecimento e reafirmo apoio integral ao prosseguimento das investigações e punição de eventuais culpados”, destacou a gestora no comunicado, que você confere abaixo.

O afastamento ocorreu durante a Operação Metástase, que cumpriu sete mandados de prisão e 62 de busca e apreensão em Umuarama, Cascavel e Boa Vista do Paraíso. São investigados também fraudes em licitações - direcionamento para empresas de interesse do grupo -, fraudes em contratações diretas - também mediante favorecimento a empresas ligadas ao grupo -, superfaturamentos e corrupção ativa e passiva - com depósitos em contas de investigados e de terceiros.

Durante entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira, o prefeito Celso Pozzobom (PSC), que também foi alvo de busca e apreensão em sua residência e gabinete, disse que outro profissional deve assumir a Secretaria Municipal de Saúde. “A prefeitura tem que continuar a trabalhar, estamos no meio de uma pandemia, com números crescente de casos confirmados (...) a vida segue. Vamos continuar como estávamos. Vamos substituir essas peças afastadas”, explicou.

As investigações são conduzidas pelo MPPR por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos (SubJur), pelo núcleo de Umuarama do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e pelo núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).


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